SOBRE A VINÍCOLA

Construído inicialmente como um forte, o Château Coutet carrega ainda hoje marcas de sua origem medieval, como a torre quadrada com suas ameias, situada no centro do pátio. Os séculos seguintes também deixaram suas marcas arquitetônicas com o Salasse do século XIV e a capela e outras duas torres contruídas ao longo do século XVIII.

A história do Château Coutet como propriedade vinícola começa em 1643, quando Charles Le Guérin, conhecido como Senhor de Coutet, fez dele um dos primeiros vinhedos da denominação Sauternes. A propriedade permaneceu nas mãos de seus descendentes até 1788.

Gabriel-Barthelemy Romain de Filhot adquiriu o Château Coutet pouco antes da Revolução Francesa. Depois desses tempos conturbados, a propriedade passou para o seu neto, o marquês Romain-Bertrand de Lur-Saluces. Também proprietário dos Châteaux d'Yquem, de Fargues, Filhot e de Malle, era na época o maior produtor de vinho branco doce do mundo. Château Coutet permaneceu na família até a década de 1920.

A classificação de 1855 ordenada por Napoleão III reconheceu oficialmente o Château Coutet como Premier Grand Cru Classé das denominações Sauternes e Barsac, juntamente com os melhores vinhos das regiões Médoc e Graves.

Henry-Louis Guy, um industrial de Lyon, adquiriu o Château Coutet na década de 1920. As famosas e incomparáveis prensas hidráulicas Guy & Mittal, ainda em uso, são uma lembrança da sua passagem por lá, guardando o segredo da extração do suco das melhores uvas da propriedade. A sua filha, que mais tarde se casou com Edmond Rolland, geriu a propriedade até 1977. Um vinho excepcional passou a ser produzido em sua homenagem, o Cuvée Madame, e o é produzido até hoje.

Marcel Baly e dois de seus filhos, Philippe e Dominique, tornaram-se os novos proprietários do Château Coutet em 1977. Originária da Alsácia, a família posteriormente expandiu-se para o exterior, especialmente nos Estados Unidos. Com zelo e determinação iniciaram a tarefa de renovar a vinha e os edifícios da propriedade.

Em 1994, os dois irmãos concluíram um acordo com o Barão Philippe de Rothschild SA, onde a equipe de enologia passava a ser assessorada pela equipe técnica do Château Mouton Rothschild. Paralelamente celebraram um acordo comercial para distribuição exclusiva dos vinhos do Château.

A família Baly trabalha no Château Coutet há quarenta anos e segue acumulando premiações até os dias de hoje.

Thomas Jefferson, terceiro presidente dos Estados Unidos da América, viveu vários anos em França, e como um verdadeiro gourmet, reconheceu o Château Coutet como “o melhor Sauternes de Barsac”.